Ontem passei por um grupo de “caloiros” e lembrei-me, com saudade, dos tempos de faculdade. Vestidos com t-shirts azuis e com as caras pintadas, vinham alegremente a cantar os cânticos das respectivas universidades e cursos.
Lembrei-me das “batalhas” de cânticos que fazíamos entre cursos. Gostava particularmente da ‘battle’ com engenharia. Eram maioritariamente rapazes, mas não muitos. A mais difícil de bater era a de psicologia. Além de terem a maior “claque”, eram sobretudo mulheres que gritavam a plenos pulmões o orgulho de fazerem parte daquele curso.
Há quem seja contra as praxes, que não ache piada nenhuma e que considere ridícula esta forma de integração e recepção dos alunos, mas eu gostei. Claro que detesto toda e qualquer forma de abusos, má educação e ‘bulling’ camuflado que alguns pseudo-estudantes fazem. Sinal de fraqueza. Mas para mim, foi um período muito divertido.
Ri-me muito, diverti-me imenso e conheci pessoas espectaculares que são minhas amigas até hoje e também conheci o meu marido. O período de praxes foi mais fácil para encontrar amigos, perceber quem morava perto e poderia fazer companhia nos transportes quando saíamos já à noite da faculdade. Deu ainda para perceber a elevada frequência de aviões que passa na Cidade Universitária, em Lisboa. É que cada vez que passava um, tinha de fazer umas flexões. Quando as aulas começaram já tinha uma preparação física equivalente a três meses de ginásio. Ah, lembrei-me, e quando era um avião da TAP tinha de cantar o hino nacional. Muitas vezes cantei eu o hino, chegava mesmo rouca a casa mas de coração cheio e sorriso rasgado.
A todos os que vão agora iniciar mais um ano por essas universidades, faculdades, institutos, escolas e afins, ficam aqui as dicas: aproveitem cada pedaço, vivam todos os momentos, aprendam o máximo possível. Desejo a todos um ano de sucesso!