Quis Deus que tivesse o privilégio de sermos família. Quis Deus que tivesse o privilégio de te acompanhar desde o primeiro dia de vida. Lembro-me como se fosse hoje. Tu naquela incubadora já revelavas ter uma personalidade forte e uma ligação especial com a tua Mami, a minha querida prima/irmã. Só adormecias com a mão da Mami a aconchegar-te. Assim que a Mãe Vanessa retirava a mão começavas a choramingar. E lá vinha a mão da Mami novamente aconchegar-te para que conseguisses adormecer.
Foste crescendo sempre sorridente, sempre elétrica, com uma energia contagiante. Lembro-me das vezes em que brincavas com o meu filho, teu primo, e lhe fazias tantas tropelias. Ele não tinha hipótese cá para brincar com carrinhos e bolas. Quando dava por ele está já com uma capa “côderosa” e a ser penteado como se tivesse no cabeleireiro. Viravam o quarto do avesso. Faziam castelos de cadeiras e sentavam-se no alto – algo que me deixava sem fôlego só de pensar no trambulhão que podiam dar. Cresceram juntos, riram e brincaram juntos.
Naquele dia 13 de junho, a notícia chegou quando estava em casa a jantar com a tua Nininha, a tua amada tia Lara Afonso, e o tio Paulo “maluco”. Fiquei gelada. Não consegui comer e mal consegui dormir. Ainda assim, tu sorrias. Apesar de estares a iniciar um batalha, tu nunca baixaste os braços. E nós, acompanhamos a tua energia, e com fé acreditámos que podias vencer. A jornada foi longa. Mas foi uma jornada em que nos ensinaste tanto, não só a nós, família, como a tantos outros que se deixaram encantar por ti. Passámos todos a ser os teus aprendizes. Tenho gravado o teu sorriso, a tua gargalhada, o teu franzir da testa, o teu olhar reguila. Depois de 15 meses de uma imensa luta, quis Deus que o céu tivesse mais uma estrela, uma estrela “côderosa”.
Obrigada por me teres ensinado a ser mais tolerante. Obrigada por me teres ensinado a ser mais humilde. Obrigada por me teres ensinado a não julgar. Obrigada por me teres ensinado a amar sem esperar nada em troca. Obrigada por me teres ensinado a ser melhor enquanto pessoa.
Sempre soubemos que tinhas uma missão no mundo. Quando vejo a onda “côderosa” que se gerou, vejo também todos os teus amiguinhos que passaram, e passam, pela mesma luta que tu. Mostraste-nos que é possível ultrapassarmos as maiores batalhas com um sorriso. Mostraste-nos que devemos aproveitar e agradecer pelas mais pequenas coisas. Sei que vais estar aí de cima a olhar pela tua Mami, Papi, Manos, Tios e Tias, Avós, Avôs, Primos e Primas e todos os amigos. Todos nós estamos gratos por ter partilhado cada minuto contigo. Ainda é difícil digerir. Prometo-te que um dia vou conseguir Aceitar e Sorrir.
Serei sempre uma aprendiz.
Até já minha Nôno.
Beijos da tua Babá!
Leonor rima com Amor! 🙂
Beijos enormes
Olá Papoila,
Obrigada.
Um beijinho,
Bá
Olá Olga,
Muito obrigada pelas suas palavras.
Muitas felicidades e saúde para si, para a sua Nôno e toda a família.
Bjs
Bá
Graças a Deus podemos desfrutar desta força de vida.
Tenho pena que a Maria, pela idade que tem, não tenha crescido com ela.
A Leonor também nos fez reviver o conceito de família : um por todos e todos por um 🙂
Pena, que a vida, não nos permite estarmos e usufruímos uns dos outros mais vezes. É pena…
Bonita homenagem em palavras.
Mil beijos e um sorriso no teu coração
Um grande abraço para toda a família, porque palavras não as tenho nem as conseguiria escrever.
Ola Bá
Neste momento sofro convosco, porque acompanhei a luta da vossa Nonô e a vossa luta também. Muito me assusta esta doença, porque também sou mãe… de uma Nonô também. Rezei muito pela vossa princesa, para que melhorasse, a princesa linda que agora ilumina o nosso céu, o céu de todos. A minha Nono dorme a meu lado,a vossa Nonô descansa ao lado do nosso amigo Jesus e, certamente está em paz. Força nesta caminhada que trará muita saudade da vossa princesa.
Beijinhos, Olga
Obrigada Ana.
Um beijinho,
Bá
Um forte abraço para toda a família! Não vos conheço, mas é impossível ficar indiferente à vossa dor e à vossa perda… Desejo que o cor-de-rosa da vossa menina vos dê a serenidade e a calma para se recomporem desta perda dilacerante. Um beijinho.