Conheço muitas pessoas que sofrem de uma condição: incapacidade de tomar decisões. Não conseguem fazer escolhas e, quando pressionados, ainda fogem mais da decisão. Isto está relacionado com algo muito mais simples, um bloqueador que as impede de atingirem certos objetivos, serem bem sucedidas ou até crescerem (pessoal, financeiramente ou noutras esferas da vida): medo de dizer não e de falhar! Até podem não querer ir aquele sítio, aceitar aquele projeto, tomar aquela decisão mas não têm coragem de dizer. Pensam que o outro lado vai levar a mal, vai ficar chateado ou pode ter um efeito negativo. No fundo, têm receio do conflito, receio de errar, de ser uma má escolha. Ora este receio, este medo que bloqueia a tomada de decisões é um verdadeiro ato de egoísmo. Porquê? Em muitos casos, essa incapacidade de avançar acaba por afetar terceiros. Deixam as pessoas, os projetos e até vidas penduradas… E será justo? Será que quem o faz tem consciência? Diria que umas pessoas sim, outras não. Talvez fosse importante as pessoas pararem e começarem a olhar além do seu umbigo, perceberem o impacto que as suas decisões, e ausência delas, têm na vida também de terceiros. Até porque há o outro lado da medalha. Há o dia em que essas pessoas também terão de ficar “penduradas” porque outras, tais como elas, não vão decidir.
Este é um assunto que costumo falar com muitas pessoas, líderes de empresas, empreendedores, formadores e percebo que parece ser algo mais cultural do que se pensa. É aquele efeito quando nos enviam um email de um assunto que já vimos e não temos interesse, e depois a pessoa liga-nos: “Viste o email que enviei com a tal ideia. O que achaste?”. “Ainda não vi bem com olhos de ver. Vou ler e depois digo-te alguma coisa”. E o que acontece? Nunca se diz nada. É tempo de dizer: sim ou não. De fechar os ciclos. É libertador. Eu sei que custa porque embora seja uma pessoa que gosta de tomar decisões, houve alturas em que não as queria tomar ou ter de comunicar. Também me faltava a coragem para dizer. Este é um processo que temos de trabalhar individualmente e em conjunto. Libertar-nos a nós e aos outros. Escolher A, B, C ou outra letra. E mesmo que corra mal há sempre oportunidade de aprender e começar novamente. Temos de nos libertar, tomar decisões e não ter medo de falhar! Ultrapassar esta barreira é determinante para começarmos a construir o nosso caminho de sucesso (seja ele o que for para nós).
Obrigada Bárbara! subscrevo inteiramente. Mudar paradigmas…
Susbcrevo a 100%! Muito bem escrito. Obrigada Bárbara.