O Websummit está na debaixo de todos os holofotes nesta altura. Lisboa está cheia de estrangeiros e o Parque das Nações parece uma verdadeira Torre de Babel. Além da multiplicidade de culturas, há pessoas de todas as áreas e de todas as idades. Há um vibrar enorme na capital portuguesa e uma energia empreendedora contagiante.
O arranque do evento aconteceu na segunda-feira, dia 6, no palco do Altice Arena. Mas foi hoje, dia 7, que os quatro pavilhões se encheram de empreendedores, empresários, investidores, jornalistas, políticos, curiosos e outras tantas personalidades.
Eu andei por lá em trabalho e também no ‘network’ (em breve irei falar aqui da importância do network e partilharei também um vídeo de uma palestra que dei no Ignite sobre este tema). Foi bom ver alguns antigos colegas, pessoas com as quais já me cruzei profissionalmente e também novas caras.
Em menos de nada estava à conversa com jornalistas norte-americanos, empresários holandeses, chineses, australianos e de todos os cantos do mundo. Alguns vieram ter comigo, outros conheci nos seus stands, ou simplesmente começámos a conversa depois de assistir a uma das muitas palestras.
Como jornalista já fui a muitos eventos e conferências e, para mim, o Websummit tem uma particularidade que é o à vontade e a abertura que as pessoas têm para falar, para partilhar, para se conhecerem, trocarem ideias (e cartões também) e abrirem portas a oportunidades e novos contactos. Há toda uma boa energia neste ecossistema que é de salutar.
Poderão algumas pessoas dizer que não serve para nada, que se trata apenas de um evento em que as pessoas vão mais pela ‘coolness’ da coisa, ou para colocar fotos no Facebook e Instagram. Acredito que também haja. No entanto, não creio que seja o caso da maioria. Eu acredito que o evento pode mesmo ser uma mais-valia para quem queira aproveitar.
Uma das particularidades introduzidas na app do Websummit (que é onde está o bilhete, além de outras funcionalidades), é o facto de nos podermos ligar a várias pessoas em rede. Ou seja, consigo enviar uma mensagem ao CEO da Oracle ou mesmo ao Dr. Oz, entre outros oradores e participantes. Além disso, nos dísticos que todos os que vão ao Websummit usam pendurados ao pescoço, além de estar o nosso nome, e da empresa ou setor que representamos, tem um QR Code. E quando conhecemos alguém, se não tivermos cartões, podemos fazer scan do QR Code para a aplicação para nos “ligarmos” a essa pessoa. Claro que apanhei uns verdadeiros ‘collectors’ que mais pareciam estar a apanhar pokemons: faziam scan de quase toda a gente que passava. E isso não é networking. É colecionar cromos. Usei a app para marcar encontros dentro do evento. Achei muito interessante.
Depois andei pelos quatro pavilhões nos vários stands das empresas, a fazer entrevistas e a assistir a palestras. Fiz também uns diretos. Um deles na conferência da robot Sophia a responder a perguntas dos jornalistas. Confesso que a ideia de uma robot com um aspeto bem real que responde de forma correta e estruturada, como se tivesse personalidade, às perguntas que são feitas é um bocado assustador. Eu vi a Sophia fazer um sorriso irónico. E subitamente vieram à minha mente um conjunto de imagens de filmes de Hollywood em que os robots se viram contra os humanos. M-E-D-O!
Deixo-vos aqui apenas algumas imagens que também partilhei no Instagram.