Há já algum tempo que o meu filho mais velho não anda a respirar bem, sobretudo durante o sono. Além de ressonar bastante comecei a notar que fazia apneias (ficava uns segundos sem respirar), se inicialmente até não me parecia muito preocupante, porque a pediatra dizia que por breves segundos poderia apenas estar relacionado com a posição, quando o tempo de apneia passou a ser maior, comecei a ficar um pouco mais preocupada.
A verdade é que ele além de não respirar bem está quase sempre com o nariz entupido, e até descobrir a melhor técnica para limpar o ranho do nariz (Rhinomer e aquelas garrafinhas pequeninas de soro eram para esquecer, a par do aspirador nasal), as ranhocas tendiam a causar infecções que resultavam em otites.
O aumento da frequência levou-me a procurar mais informação e foi então que resolvi marcar uma consulta com um otorrino especialista em otorrinolaringologia pediátrica e síndrome de apneia obstrutiva do sono da criança.
Nem de propósito, no dia da consulta o pequeno mais velho cá de casa teve pior noite de sempre. Acordou por 3 vezes a chorar aos gritos aflito porque não conseguia respirar. Como veio dormir para a nossa cama, pelo menos por duas vezes contabilizei cerca de 12 segundos de apneia (segundo me informei, a partir de 10 segundos já consideram uma apneia longa).
Mal entrou no consultório o médico reparou logo que não respirava bem em repouso. Ele respira pela boca, não pelo nariz. Depois lá lhe viu a garganta, os ouvidos e nariz (tudo com muito custo e a criança assustada com a maquinaria toda). E o veredicto foi que teríamos de marcar alguns exames mas que muito provavelmente (90%) de hipóteses terá de ser operado às amigdalas e aos adenoides (eu também em miuda estive quase para ser mas já não sei como escapei). Apesar de saber que é uma cirurgia simples, o coração de mãe fica sempre apertadinho. Mas sei que será para o bem dele.
Fui à procura de mais informação, e o que encontrei que melhor explicava a questão foi este artigo (clique aqui).
De salientar que a intervenção cirúrgica demora cerca de meia-hora e é realizada sob anestesia geral. Habitualmente a criança tem alta menos de 24 horas após a cirugia.
Quer os adenoides, quer as amígdalas são extraídas pela boca, sem realizar qualquer corte na pele.
Para além dos riscos associados a qualquer anestesia geral que são hoje muito raros, a principal complicação da amigdalectomia e/ou adenoidectomia é a hemorragia, que também é pouco frequente.
Depois da amigdalectomia surgem na zona de intervenção umas crostas brancas. Estas crostas podem-se manter cerca de 10 dias e não são sinal de infeção, mas sim a evolução normal do processo de cicatrização.
Em todo o caso recomendam que se tem dúvidas quanto à necessidade de uma destas cirurgias deve contactar o médico que acompanha e tomar a decisão em conjunto com o otorrino.
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Olá!
O meu filho também terá de ser operado aos adenoides e, como deve calcular, as questões são muitas. Gostava de saber onde o seu filho fez a cirurgia, quem o operou, quanto pagou… Tenho seguro Lusitânia, mas ainda não sei qual é a comparticipação. Hesito se fará na Cuf Descobertas (onde o problema foi diagnosticado) ou num hospital público. Vou perguntar a opinião da pediatra do meu filho mas, já agora, gostava de saber qual foi a sua expreriência e se correu tudo bem. Espero que sim.
Obrigada, desde já, pela sua atenção.
Melhores cumprimentos,
Lígia Dias
Olá Lígia,
O meu filho foi operado pelo Dr. João Pedro Leandro, na Cuf de Cascais. Mas penso que ele também dá consultas noutras unidades da Cuf.
Não me recordo do preço porque já foi há uns anos, mas tinha seguro também. Isso pode sempre informar-se na própria unidade.
Correu tudo lindamente e hoje o meu filho continua super saudável.
Espero que corra tudo bem com o seu filho.
Um beijinho,