Os exames nacionais do 12º ano já arrancaram. A primeira prova foi a de português. E a ouvir os alunos à saída das provas recuei no tempo.
Lembro-me, como se fosse hoje, do stress e da pressão que existia. Havia toda uma carga nos Exames Nacionais. São a verdadeira prova de fogo. Andamos 12 anos a estudar para culminar naquele momento.
Há toda uma mística à volta dos exames. Para começar o próprio estudo (agora que penso, exame no dia após o jogo de Portugal deve ter sido um desafio para muitos jovens), as dúvidas: O que vai sair? Será que estou preparado? E se sair aquele autor que não estudei? Se calhar devia dar uma vista de olhos.
Depois o próprio do dia. Não se pode levar nada: só BI (agora cartão do cidadão) e canetas. Os nomes dos alunos são chamados por ordem alfabética, são sentados conforme é indicado pelo professor responsável por vigiar a prova. Largamos tudo – mochilas, apontamentos, cadernos – bem longe de nós. Há cadeiras de intervalo. Tudo fica junto ao quadro, sentimo-nos completamente nús. Só nós, os nossos pensamentos e matéria – que esperamos que não nos escape no momento em que precisarmos dela. Temos de controlar os nervos. As folhas de rascunho são dadas na hora. As provas distribuídas viradas para baixo e só podemos virar quando nos derem autorização. É escrito no quadro o tempo de duração da prova e o tempo de tolerância. Finalmente vem o ok: “podem virar o enunciado”. Qual apito para o Euro2016, qual quê. Para estes jovens, as provas começam aqui.
Este era pelo menos o ritual no meu tempo. Imagino que não tenha mudado muito. A todos os alunos muito boa sorte para estes dias. May the force (e a matéria também) be with you!
Mesmo!
O meu marido tem agora durante 3 dias as provas finais escritas do 12º ano de RVCC, e diz que as provas não são fáceis e tem que escrever muito.
E eu digo-lhe: “isso não é novidade, também eu tive que fazer exames nacionais no final do 12º ano, e já nessa altura havia nervos, stress, expectativas, e duas horas a braços com um exame e uma caneta”!