Todos os anos, a 1 de Novembro, é habitual as crianças irem pela manhã bater à porta da vizinhança a pedir o pão por Deus. Eu lembro-me de o fazer em miúda e muitos dos meus amigos. Havia quem desse mesmo pão, biscoitos, bolos, doces ou até mesmo dinheiro. Esta é a memória que tenho.
Num passado mais recente, as crianças começaram também a sair na véspera à noite, ou seja, no dia 31 de Outubro, dia de Halloween, para pedir doces sob o mote: “doce ou travessura?” Ou seja, ou as pessoas a quem tocam à porta dão um doce ou as crianças fazem uma partida. Nunca participei nas partidas de Halloween – uma tradição celta mas que foi mais ampliada pelos norte-americanos e que, atualmente, é a que serve cada vez mais de base em Portugal – mas todos os anos tocam-me à porta à noite.
Já li várias versões sobre qual é mesmo a origem do pão por Deus, e este artigo do DN retrata a mistura que começa a existir nas grandes cidades entre ambas as tradições. As crianças vão no dia 31 tocar às campanhias por causa do Halloween e, no dia 1 de Novembro, pelo Pão por Deus.
Confesso que ainda não sai para tocar a outras campainhas com os meus filhos mas estou sempre preparada para as crianças que me batem à porta. Normalmente comprou um docinhos e fico à espera deles. Ontem como tive um dia super ocupado quando estava a vir para casa estava um pouco triste porque, pela primeira vez, não tinha nenhum doce para dar aos miúdos. Mas quando cheguei a casa vi que o meu querido marido o tinha feito. Ele comprou uns miminhos para as crianças, porque também acha graça. E assim ontem logo pelas 20h a campainha começou a tocar. Hoje, dia 1, aguardamos a chegada dos primeiros miúdos.
E vocês, participam no Halloween ou Pão por Deus?