Ano novo, preços novos. Esta já é uma realidade presente para muitas famílias. Com o arranque de um novo ano há quase semprea atualizações de preços de bens e serviços. Este ano será a inflação de 1,4% a marcar a referência para muitos aumentos, mas há ainda a entrada em vigor de algumas medidas aprovadas no Orçamento do Estado. Para que consiga organizar melhor as susas finanças, aqui ficam as principais medidas que vão afetar a carteira dos portugueses em 2018.
1) Renda de casa
Os arrendamentos, a partir de 1 de janeiro, vão sentir o maior aumento dos últimos cinco anos. Os senhorios estão autorizados a aumentar o valor das rendas até 1,12%
2) Automóveis (ISV e IUC)
O Orçamento do Estado para 2018 estipula um aumento de 1,4% tanto para o imposto sobre veículos (ISV), o mesmo aumento para o imposto único de circulação (IUC).
3) Combustível
A partir do próximo ano, o imposto sobre os produtos petrolíferos (ISP) será atualizado em linha com a inflação. Ou seja, deverá subir pelo menos 1,4%.
4) Portagens
Andar na autoestrada vai custar mais 1,42%, em 2018. Ou seja, uma viagem na A1 entre Lisboa e Porto vai ficar 30 cêntimos mais cara.
5) Transportes
Segundo um despacho publicado em Diário da República, o aumento médio das tarifas está limitado a 2%. O Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) definiu uma subida média de 1,4% no preço dos passes para 2018.
6) Pão
A partir de 2018 comprar pão deverá ficar cerca de 20% mais caro. O presidente da Associação de Industriais de Panificação, Pastelaria e Similares do Norte, António Fonte, justifica o aumento com o agravamento de custos de produção.
7) Azeite
A falta de chuva e as temperaturas elevadas durante os meses de setembro e outubro prejudicaram as colheitas. Por isso, é esperado que o preço do azeite registe um aumento a rondar os 30%.
8) Leite
O preço do leite deverá registar uma subida 5%, a partir do próximo ano
9) Álcool
O Orçamento do Estado para 2018 fixou uma subida de 1,5% do imposto sobre o álcool e bebidas alcoólicas (IABA), que inclui cerveja, bebidas fermentadas, espumantes, bebidas espirituosas e vinhos licorosos.
10) Tabaco
O imposto sobre o tabaco deverá subir cerca de 2,1% para as marcas mais baratas.
11) Telecomunicações
Segundo os operadores de telecomunicações, o ano não se iniciará com aumentos de preços.
12) Gás
A atualização tarifária só acontece a 1 de julho para os consumidores que se mantêm no mercado regulado.
13) Eletricidade
A partir de 2018, as tarifas reguladas da eletricidade vão descer em média 0,2%, o que representa, segundo o regulador, menos nove cêntimos numa fatura mensal normal de uma família de quatro pessoas, isto no mercado reguladodo. Já no mercado liberalizado deverá registar-se um aumento. Segundo a EDP Comercial, o aumento a partir de janeiro de 2018 será de cerca de 2,5%, ou seja, numa fatura média mensal de 43,1 euros vai aumentar um euro, para 44,1 euros.
14) Medicamentos
São sete mil os medicamentos que vão ficar mais baratos no próximo ano, dos quais 5 mil são medicamentos que estão à venda em farmácias.
15) Manuais escolares
Serão menos 155 euros, em média, em despesas escolares. Esta é a poupança que resultará para as famílias da extensão da gratuitidade dos manuais escolares ao 2.º ciclo de escolaridade já a partir do próximo ano letivo, 2018/2019.
16) Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) mantém-se
As taxas de IMI vão manter-se entre 0,3% e 0,45% para os prédios urbanos. No caso dos prédios rústicos, a taxa aplicável é de 0,8%
17) Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT) mantém-se
O IMT, imposto que incide sobre o valor inscrito nos contratos de transmissões onerosas do direito de propriedade ou sobre o valor patrimonial tributário (VPT) dos imóveis, consoante o que for maior, vai continua a aplicar as mesmas taxas em 2018.
18) IRS desce com desdobramento de escalões e com o fim da sobretaxa
No próximo ano espera-se uma descida global do IRS nos vários níveis de rendimento. A entrada em 2018 marca o fim definitivo do fim da sobretaxa para todos os escalões. Além disso, com o desdobramento dos atuais segundo e terceiro níveis de rendimento, passarão a ser sete os escalões de rendimento, em vez dos atuais cinco.
19) Pensões
As pensões vão aumentar por via legislativa, entre 1% e 1,8% em janeiro, segundo cálculos feitos com base nos valores da inflação publicados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
As pensões até dois Indexantes de Apoios Sociais (IAS), ou seja, até 857,8 euros, onde se inclui a maioria dos pensionistas, aumentam 1,8% em janeiro. Já as pensões entre duas vezes e seis vezes o valor do IAS (entre 857,8 euros e 2.573 euros) serão atualizadas em 1,3%, enquanto as pensões superiores a este montante deverão ter um aumento de cerca de 1%.
20) Idade de acesso à reforma
A partir de 2018, a idade normal de acesso à reforma volta a aumentar, fixando-se nos 66 anos e quatro meses.
21) Subsídio de desemprego deixa de ter corte de 10%
O subsídio de desemprego vai deixar de ter o corte de 10% que estava a ser aplicado após 180 dias. Além disso, os valores mínimo e máximo do subsídio de desemprego sobem devido à atualização em 1,8% do Indexante de Apoios Sociais (IAS), para 428,9 euros e 1.072,25 euros, respetivamente.
22) Abono de família volta a aumentar
O abono de família vai voltar a aumentar no próximo ano para as crianças até 36 meses, pertencentes ao 1º, 2º, 3º e 4º escalões.
Os valores do abono serão ainda aumentados pela atualização do IAS e as famílias monoparentais e numerosas têm direito a uma majoração.
23) Reposto 25% do corte no Rendimento Social de Inserção (RSI)
Ao nível do Rendimento Social de Inserção (RSI), segundo o Orçamento do Estado para 2018, serão repostos mais 25% dos cortes que foram aplicados pelo anterior governo a partir de 2013.
24) Complemento Solidário para Idosos
A partir de 1 de janeiro, o valor de referência do Complemento Solidário para Idosos (CSI) será atualizado. Quem se reformou antecipadamente a partir de 2014, com fortes penalizações nos últimos anos, poderá aceder a esta prestação social, independentemente da idade.
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