1 de Maio de 1994. Uma vez mais estava colada ao pequeno ecrã para ver mais uma corrida de Fórmula 1. Foi o meu avô que me pôs o bichinho e aos domingos não falhávamos. Naquele foi igual. Mais uma vez corria o nosso ídolo, o moço do capacete amarelo: Ayrton Senna. Mas aquela ia ser uma corrida diferente. Aquele dia ia ficar para sempre marcado na história da F1 e na vida de muitas pessoas que acompanhavam este mundo. Quando se deu o acidente lembro-me de gritar, levar as mãos à cabeça e dizer “Oh meu Deus, o Senna teve um acidente, o Senna teve um acidente”. Fiquei ali colada ao ecrã a rezar. Mas algo me dizia que era grave, algo me dizia que não ia aguentar. E não sobreviveu. Há outra imagem que fica dessa corrida que foi o Schumacher a querer continuar mesmo depois do acidente, mas adiante… A confirmação veio mais tarde, aquela tinha sido a última corrida de Ayrton Senna. Por ironia do destino, exatamente a 1 de Maio, mas quatro anos mais tarde, o meu verdadeiro ídolo – o meu avô – também partiu numa corrida para o céu. Ontem, dia 1 de Maio, recordei ambos e apercebi-me que há 24 anos que não vejo Fórmula 1!
História parecida à minha. A diferença é que dia 1 de Maio era o aniversário do meu avó e estávamos num restaurante a ver a corrida e a tentar confraternizar com os demais convidados…