Não existe uma receita infalível ou um modelo perfeito para saber qual a melhor forma de cada um de nós gastar o seu dinheiro. O que fazemos é utilizar valores indicativos que nos ajudem a regular as despesas. Por serem indicativos cada pessoa deve adaptar a distribuição das despesas ao seu caso específico. Sobretudo porque a estrutura é diferente de casa para casa, por causa de questões como ter carro, ser obrigado a fazer muitas refeições fora de casa por causa do trabalho, ter filhos, pagar infantário ou escola, morar longe do emprego, etc.
Ainda assim, é sempre bom existir um ponto de referência, para que a partir daí consigamos criar o nosso próprio orçamento familiar ideal, ou seja, definir que percentagem é que cada categoria deve pesar no nosso orçamento familiar.
Em cada uma destas grandes categorias definidas estão inseridas subcategorias e a distribuição do dinheiro por elas depende, sempre, de cada situação familiar.
Através deste exemplo poderá ver como agrupar as categorias, sendo que a única que nunca deve mexer, a não ser para aumentar a percentagem, é a fatia destinada à poupança. Ou seja, do total do seu rendimento mensal, só dispõe de 90% por cento para distribuir pelas diversas despesas, porque 10% ficaram cativos.
Sublinhe-se que, no caso da habitação, o valor definido como indicativo também deverá ser cumprido, sendo encarado como um máximo. Ou seja, as despesas com a casa devem, no máximo, representar 35% do seu orçamento mensal.
Desta forma e tendo isto em conta, e de acordo com o que revelo no meu livro, um orçamento ideal poderia ser assim distribuído:
Habitação (35%): Prestação ou renda da casa e respectivos seguros; despesas água, luz, gás, Internet e telefone; condomínio e algumas reparações.
Alimentação e despesas diárias (25%): Compras de supermercado, almoçar ou jantar fora; diversão e entretenimento; férias.
Transportes (15%): prestação do carro e respectivo seguro; combustível; parque de estacionamento; reparações com o automóvel ou mota; bilhete/passe social de transportes públicos.
Outros empréstimos (15%): crédito pessoal; cartão de crédito; prestações de electrodomésticos.
Poupança (10%): montante que deverá colocar logo de parte no inicio de cada mês.
Mais sobre o tema em “Tempos Complicados, Soluções Simples – Aprenda a gerir melhor o seu dinheiro“, editado pela Oficina do Livro.
Fica a dica: para chegar a uma distribuição ideal do seu orçamento familiar, na qual está prevista uma fatia destinada à poupança, é preciso alguma ginástica orçamental, organizar a casa, saber para onde tem andado a fugir o seu dinheiro para assumir o controlo das despesas.
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Olá Rodrigo,
Este orçamento é indicativo como sendo ideal, uma vez que, para algumas familias, por exemplo, pode não fazer sentido uma percentagem tão grande de transportes se não tive carro. Estas são grandes categorias.
Diria que poderá retirar 5% ou 10% ou aos "outros créditos" ou à categoria "transportes" para os planos de saúde.
Aqui o importante e não deixar que o total das despesas com crédito não ultrapasse os 40% do rendimento da família e, se possível, conseguir poupar 10%.
Obrigada
Meu Caro boa tarde,
Primeiro eu gostaria de parabenizar pela iniciativa, depois eu gostaria que questionar o seu plano ideal de Orçamento Familiar, não conseguir entender onde entraria os planos de saúde.
Um abraço…