Eu sei que o mês ainda não acabou mas estou contente só de olhar para o meu gráfico de despesas, sobretudo a categoria “supermercado” (sim, eu aponto tudo e organizo por categorias e utilizo a ferramenta Boonzi. Se quiserem saber mais cliquem aqui).
Janeiro é conhecido por ser um mês longo, sobretudo depois das compras do Natal (que consegui gastar menos de 60 euros no total. Acho que bati o meu recorde!) e que obriga a ajustes no orçamento. Depois, por ser início do ano, é sempre altura de pensar em poupança e redefinir numas estratégias para a gestão das contas da casa. E foi o que fizemos, quase de uma forma natural.
Com dois miúdos pequenos (felizmente o mais velho já só usa fralda à noite, o que permitiu já reduzir o gasto com fraldas) todas as formas para conseguir poupar são sempre boas.
Pois bem, se calhar o que vou dizer para algumas pessoas não é novidade mas a verdade é que, para mim, as “novas estratégias” (como lhes gosto de chamar) permitiram-me reduzir as despesas com o supermercado em 30% face à minha média. Bem sei que ainda falta uma semana mas acho que estou no bom caminho.
Então deixo-vos aqui algumas dicas
1) Levar comida para o trabalho – Hoje em dia é uma prática comum para muitas pessoas mas eu já o faço há vários anos. E acreditem que, há 10 anos quando levava comida para o trabalho muitas vezes era olhada de lado. Hoje já é quase “moda”. Há marmitas todas giras, caixinhas para isto e para aquilo. Há quem leve tudo mas eu continuo a achar o meu marido o “top”. E explico-vos… Além de sopa, prato e fruta no outro dia até uma “mini” levou para o trabalho (xiuuuu…não digam ao chefe). Pronto, se calhar não é top porque já vi pessoas no trabalho a levarem entrada, queijo com fruta. Verdadeiros manjares, com marcadores ou toalhinhas, guardanapos, copo e até pratos, que isto de comer na marmita às vezes fica apertado (pensando bem, quantas vezes já quase que me saltaram pernas de frango para a mesa ao lado…adiante)
2) Fazer um menú da semana – Quando pensava nesta ideia achava que dava muito trabalho mas a verdade é que é óptimo em termos de organização de compras. Penso nas sopas dos miúdos, na comida para nós e o que posso fazer se sobrar, etc. Depois faço uma lista do que preciso comprar. Desde que adoptei o menú raramente tenho de ir ao supermercado a meio da semana ou falta alguma coisa. Controlo melhor os custos tanto do supermercado como também poupo tempo e em combustível. (Posso dizer que vos estou a preparar uma ferramenta catita para isto)
3) Ir ao hipermercado para as compras grandes – Fazer compras grandes logo para vários dias não estava a resultar cá em casa. Acabava por gastar mais dinheiro e, a meio da semana, acabava por ter de voltar ao supermercado porque me faltavam coisas essenciais ou pior, para não perder tempo, acabava por ir à mercearia perto de casa que é bem mais cara.
4) Comprar frescos no supermercado mais perto – Em vez de ir comprar frescos a grandes superficíes, aproveito assim uma “média superfície” para ir comprar frescos que acabam para as sopas. Ou seja, quando é carne, fraldas, higiene, etc (coisas grandes e mais caras) aproveito e vou ao hipermercado. Para o supermercado ficam os frescos. São mais baratos e, por haver menos oferta, caiu menos na tentação de fugir à lista.
5) Fazer lista e segui-la – Lista praticamente toda a gente faz, o problema é cumpri-la. A meio das compras lá pomos mais uns extras no carrinho e, no final, a conta sai mais alta do que estava pensado. É aquele princípio do “vou só comprar papel higiénico” e depois acabo por sair com dois cestos cheios, e na maioria das vezes de algumas coisas desnecessárias. Como vou a um sítio para as compras grandes e outro para as mais pequenas sinto que é mais fácil cumprir a lista. Vou mais focada.
6) Não ir com fome às compras – Ir às compras com fome à hora em que sai pão quente devia ser considerado pecado. É que começo no pão, passo para as bolachinhas, chocolates, etc… Os domingos são também fatais! É por isso que agora tenho sempre na mala uma peça de fruta, umas bolachas e agora raramente cedo à tentação.
7) Lembretes para os vales e descontos – Costumo receber vales de desconto e cupões de supermercado. Alguns podem não interessar mas outros são para produtos que compro e que representam boas poupanças. (É que isto dos cartões de desconto permite às grandes superfícies ter uma base de dados super poderosa dos nosso hábitos de consumo. Comecem a reparar se os descontos não são de coisas que habitualmente compram.) Para não acontecer ir comprar fraldas e perceber que tinha um talão que acabou na véspera agora ponho lembretes no telemóvel dos descontos para avisar dois dias antes do final do prazo e está a resultar. (Em breve irei dedicar um post aos vales e cupões e onde podem obtê-los)
8) Compras online – Quando não tenho possibilidade de ir às compras da semana ao hipermercado (ou porque tenho um miudo doente ou temos o fim-de-semana ocupado) opto pelas compras online (se tiver um talão de desconto da taxa de entrega, melhor). Além de ser prático e fácil (posso comprar a qualquer hora no conforto de casa e não tenho de carregar as coisas pesadas) permite controlar os gastos. Há menos tentações e quando começo a ver a conta a crescer fico-me mesmo pelo que preciso.
9) “Scan self-service” – Já há muitas grandes superficies que têm aquelas maquinetas que não são mais do que scanners que nos permitem fazer as compras sozinhos sem ter de passar pela caixa. Também aqui, o facto de nos ir dando o valor total da conta permite-nos ter uma melhor noção dos gastos e poupar em tempo. Além disso, o meu filho mais velho adora a ideia de apontar para os preços, carregar no botão e ouvir o barulhinho “bip” (sente que é ele que está às compras).
10) Leite do bebé na parafarmácia – Pois bem, o elemento mais pequeno cá de casa ainda bebe leite em pó daquelas latinhas maravilhosas que são super caras. O meu pequeno bebe o “Nutriben Continuação” que, infelizmente, não se vende no supermercado. Ou compro numa parafarmácia ou numa farmácia. E posso dizer-vos que hoje em dia só compro o leite na parafarmácia (Wells). É que custam menos 4 euros em relação à farmácia e ainda conta para o cartão. Comecem a comparar preços e vão ver que a diferença é grande.
Estas foram as estratégias que adoptei este mês e que parecem estar a surtir efeito. Se houver por aí mais sugestões venham elas. Ganhamos todos com a partilha.
Ficam as dicas.
Olá.
Gosto de obter informações de como as pessoas funcionam para poupar. Adoro uma boa promoção e tudo o que me ajude a poupar é bem vindo.
Por causa disso fiz uma aplicação que gostava aqui neste blog comentar pois penso que pode ajudar mais gente a poupar ainda mais.
A aplicação presente aqui no endereço http://app.makeitcheap.tk foi criada para resolver a minha pouca vontade de pesquisar folhetos atras de folhetos sem ter facilidade na comparaçao de preços.
Esta aplicaçao permite ver imediatamente todas as promoções em vigo em diversos supermercados. Uso-a todos os dias e queria aqui a partilhar. espero que gostem e aproveitem
Olá, adorei o post. Cá em casa já usamos a lista e os menus semanais, agora vou passar a ir ao super de 15 em 15 dias, pois acho que poupo mais do que ir ao mês, há sempre algo que nos passa.
Olá Sílvia,
Obrigada pela partilha e pelas dicas.
Bjs
Bá
Olá! Passo ás vezes por aqui, mas não costumo comentar. Mas hoje resolvi partilhar algumas das coisas que faço para poupar alguns euros. A vida não está nada fácil. Costumo comprar frutas e legumes num mercado de agricultores que se realiza aos sábados na minha região. E penso que também existe noutros locais. Compro produtos com mais qualidade e a quantidade que quero a preços muito bons. ( por exemplo a fruta, consigo comprar a menos de metade do preço, que vejo no Continente onde faço compras.) Aprendi a ir mais tarde ao mercado quando já está quase a terminar, pode não haver tanta escolha mas os produtores querem ir embora e vender mais e por isso baixam os preços ainda mais. Faço as compras mensais no Continente e antes fazia no Lidl, mas gasto o mesmo e costumo aproveitar o cupão de 10% de desconto e vou acumulando esse dinheiro no cartão e quando já tenho dinheiro suficiente para umas compras razoáveis, aproveito para comprar produtos que não se estragam ( higiene, enlatados com prazo alargado, congelados ( peixe, etc.) Cá em casa somos 3 e costumo fazer muitas refeições mais económicas ( com 2 hamburguers faço chili com carne, Com uma posta de bacalhau grande faço bacalhau á bráz,Faço massa fusilis ou laços com atum, delicias, e ovo, etc.) Ou seja faço pratos para três mas gasto menos ingredientes.Vou ao talho do meu bairro, gasto muito menos do que no talho do continente. Porquê? Porque no talho do bairro os bifes, as costoletas e outros produtos tem a espessura que eu quero. No continente ás vezes tinha que trazer bifes muito grossos por exemplo. Assim trago realmente o que eu quero e como quero. As iscas que são economicas, nem existe nos supermercados onde eu vou. Assim trago o dobro da carne que trazia do continente pelo mesmo dinheiro. Costumo comprar feijão e grão seco e depois cozo na panela de pressão e congelo em caixas com o respectivo caldo, para feijoada, sopas. Espero ter ajudado de alguma forma, e obrigada pela partilha que também me ajudou bastante.