Gosto de aprender. Adoro estudar. Acho que irei fazê-lo, e se a saúde me permitir, até ser velhinha. Sinto que à medida que os anos passam a minha curiosidade aumenta. Apesar de ter sido sempre boa aluna, a minha predisposição para aprender agora é outra. Há ainda mais vontade. Lembro-me de quando terminei a licenciatura de ter comentado com um amigo: “sabes, sinto que agora é que estava preparada para começar a faculdade”. A verdade é que quando chegamos ali com 18 anos há muita novidade, muita distração e pouca maturidade. Hoje tudo é diferente. E se vou estudar é porque quero, não porque alguém “me obriga”.
Depois da licenciatura já voltei aos estudos várias vezes, várias mesmo. Mas há um curso que me ficou atravessado e foi sendo adiado porque entretanto, na altura, engravidei do primeiro filho. Apesar de eles agora já não serem bebés, mais ainda pequenos e dependerem de muitas coisas de mim, tenho ponderado em tirar o tal curso. A questão é o tempo e a gestão familiar. Ser pai estudante não é tarefa fácil, sobretudo quando falamos de uma pós-graduação que exige muito estudo, além de aulas ao final do dia e aos sábado. Ando num verdadeiro tetris mental em relação à logística familiar. Uns dias penso em avançar, noutros acho que é melhor esperar mais um ou dois anos. Mas noutras alturas penso que se continuar a adiar não faço mais. E a verdade é que até me ajudaria em termos profissionais. Dúvidas…
Há uns meses num grupo do qual faço parte, uma mãe colocou a mesma dúvida a outras mães, ou seja, se alguma já tinha estado a estudar, trabalhar e cuidar dos filhos ao mesmo tempo, e meus amigos, há pessoas com histórias verdadeiramente inspiradoras. Há mulheres, e homens, incríveis! Nós, seres humanos, somos mesmo capazes de nos ultrapassar quando queremos muito. Agora que penso acho que vou reler alguns testemunhos e depois falar com o meu Pedro. É que isto sem apoio familiar é mais complicado. E por aí, há alguém que tenha dado uma de pai/mãe estudante? Que tenha voltado ao banco da escola mesmo com filhos? Partilhem as histórias!
Eu! Eu voltei a estudar aos 39 anos e foi a maior decisão que tomei. Não é fácil, rouba tempo à família, aos filhos, mas tudo se consegue encaixar. A minha experiência está no meu blogue se quiser ler. Voltar aos bancos da universidade vale muito a pena… É uma decisão que tem que ser tomada em conjunto e é gratificante até pelo exemplo que se dá aos miúdos: Nunca sabemos tudo e devemos sempre aprender.
https://vida-maravilha.blogspot.com/2018/09/sair-da-zona-de-conforto-e-voltar.html
Olá Bárbara. Sou licenciada em contabilidade sem nunca ter exercido. Infelizmente por não ter oportunidade no mercado de trabalho mas nunca perdi a esperança. Voltar a estudar é uma questão na qual tenho ponderado muito ultimamente. Fui mãe recentemente e agora usufruindo da licença de maternidade (tenho tempo para pensar em tudo e mais alguma coisa) dou por mim a pensar que estagnei no tempo. Desde que sai na universidade nunca mais voltei a estudar ou realizar qualquer tipo de curso e tenho sentido muita necessidade disso. Quanto mais não seja para me atualizar e sentir útil.
Nesta área que cursos/formações aconselhas a fazer? Obrigada 🙂
Ps: tu consegues organizar-te e fazeres o tal curso que tanto queres fazer! Bora lá 🙂
Olá Maria,
Antes de mais parabéns pelo novo elemento da família e obrigada pela força 🙂
Na formação há sempre dois critérios que costumo seguir: ou tem de ser sobre algo que goste ou que me venha a ser útil. Quando consigo juntar os dois tanto melhor.
Há também outros pontos que avalio sempre: conteúdos programáticos e docentes/formadores. Depois procuro também ter referências de quem já fez ou participou e avalio se financeiramente posso pagar a formação.
Não sei se ajudei mas realmente é difícil aconselhar alguém porque depende muito do que procuras com a formação: se é para reciclar conhecimentos, ganhar novas competências, certificar, etc. É que a formação, seja universitária ou não, é todo um mundo.
Um beijinho e tudo a correr bem 🙂