Há mais de 10 anos que falo desta dica que é seguida pelas pessoas com finanças saudáveis e que têm no seus objetivos poupar mais: pague-se a si primeiro.
O que significa isto? Significa que deve poupar logo “à cabeça” sempre que receber algum rendimento. Assim que receber o ordenado, ponha o dinheiro da poupança de lado – é por aqui que vai começar a mudar o rumo das suas finanças.
Esperar que o mês chegue ao fim para ver se sobrou dinheiro para pôr de lado é um engano. Todos já passamos por situações em que as despesas parece que têm vida própria e consomem todo o rendimento disponível. O que acontece, normalmente, é que mesmo antes do fim do mês já quase não tem dinheiro e acaba por não conseguir poupar. Se analisarmos bem, vamos perceber que esta não é uma prática assim tão estranha. Afinal é exactamente isto o que o Estado faz – quando recebemos o salário, este já vem líquido de impostos, ou seja, o Estado já se pagou a ele mesmo, à cabeça. E é esse o exemplo que deve seguir. Depois de se pagar a si primeiro, para poupança, deverá então pagar aos outros, ou seja, todas as despesas que tem habitualmente.
Esta regra custa apenas nos primeiros três a seis meses, depois torna-se um hábito, especialmente quando conseguimos ter já um pé-de-meia. É que há, naturalmente, um ajuste para depois “vivermos” com o restante. Além disos, assim garantimos que já foi feita a poupança.
Para quem ainda não faz, deixo o desafio para começar a partir do próximo mês: experimentem colocar uma transferência automática da vossa conta para outra mal recebam. Se não tiverem outra conta podem sempre abrir uma só para esta poupança. Há opções de bancos que não pagam comissões como, por exemplo, o caso do ActivoBank e do Banco CTT. Depois claro a ideia é pegar nesse dinheiro e investir. Não é ficar ali parqueado. Mas isso já dá outro artigo! Mas para perceberem porque o dinheiro não deve ficar parado podem sempre recordar este vídeo que fiz para o canal.
Experimentem e depois partilhem quais foram as conquistas e os desafios.
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