31 de Outubro é um dia em que se assinalam duas efemérides: Dia Mundial da Poupança e Halloween. A mim diz-me mais a primeira e há muito que tenho tentar-lhe dar visibilidade neste dia. No entanto, esta acaba por ser “abafada” pelas abóboras, zombies e companhia. Para assinalar a data optei por juntar num artigo os dois mundos: financeiro e dos doce ou travessura.
Preparem-se para conhecerem quais os 13 erros mais assustadores que as pessoas costumam cometer em relação ao dinheiro. E só para terem uma ideia, se cometem 7 ou mais erros então é um sinal de alerta! É altura de parar, analisar as finanças pessoais e implementar uma nova estratégia!
1) Não fazer um orçamento – São muito poucas as pessoas que sabem exatamente, e ao cêntimo, quanto é que recebem e gastam em todas as despesas. Só sabendo para onde vai o dinheiro será possível traçar objetivos concretos de corte de despesas desnecessárias e aumento de poupança. Podem recorrer a aplicações como o Boonzi, ao excel ou até a um caderno ou agenda. O importante é fazer.
2) Ter uma taxa de esforço acima de 40% – Excesso de endividamento é um problema para muitas famílias e um erro comum. Se o valor total das prestações mensais ultrapassar 40% do rendimento mensal então é um sinal de alerta pare renegociar as dívidas, caso contrário corre o risco de entrar numa situação de sobreendividamento.
3) Não ter um fundo de emergência – Uma das principais causas de problemas financeiros são os imprevistos. Seja uma situação de doença ou outro cenário, pode representar uma situação de quase rutura financeira. Por essa razão, ter um fundo de emergência permite assegurar que tem uma rede financeira para um cenário imprevisto. Idealmente deverá ter um valor que represente entre seis meses a um ano das despesas.
4) Fazer créditos para pagar créditos – Muitas pessoas quando se encontram numa situação de maior sufoco financeiro, numa tentativa desesperada de evitar incumprimento começam a pedir crédito para pagar outros empréstimos. Este é um erro enorme que deve evitar para não entrar numa bola de neve e chegar a uma situação limite. Se estiver com dificuldades em pagar um empréstimo renegoceie ou peça ajuda.
5) Gastar mais do que ganha – Parece óbvio e de bom senso, no entanto os dados de incumprimentos demontram-nos que não é assim “tão óbvio” na prática. Há quem viva de descoberto automático em descoberto automático. Evite este cenário ao máximo, procure rapidamente equilibrar o orçamento para não cair numa situação de falência.
6) Viver de salário em salário – O mesmo é dizer “chapa ganha, chapa gasta”. Se há aquelas pessoas que, pelos baicos rendimentos têm muita dificuldade em que o cenário seja diferente, há outras pessoas que vivem a recorrer às frases “a vida são dois dias”, “carpe diem”, etc, para validarem os seus gastos e justificarem as razões para não pouparem. Este é um erro financeiro comum do qual as pessoas só “acordam” quando há um imprevisto e depois não há forma de o colmatar.
7) Comprar coisas só porque estão em saldos – É um erro muito comum entre as pessoas com um elevado perfil consumista. Se não precisa de determinado produto não leve. Mesmo que esteja com um excelente preço.
8) Ter todas as poupanças numa conta parada no banco – O dinheiro não é para estar parado. O dinheiro é para pôr a render. Ter o dinheiro parado numa conta só está a perder. Perde nas comissões que tem de pagar, e perde com a inflação, que segundo os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) está nos 1%. Ou seja, ou põe o dinheiro a render acima da inflação em termos líquidos ou então está a perder dinheiro.
9) Poupar sem objetivos – Não definir metas de poupança, sejam elas de curto, médio ou longo prazo, é um dos grandes erros financeiros que as pessoas cometem. Devemos estabelecer metas concretas e submetas que sejam mais simples e rápidas de atingir, de modo a que se mantenha motivado para as metas maiores.
10) Investir em produtos que não compreende – Se não percebe, não investe. Não sabe o que é, não investe. Não compreende o risco, não investe. Simples assim! Procure sempre informar-se e perceber ao máximo sobre os produtos financeiros antes de investir o seu dinheiro.
11) Fazer investimentos com base nos conselhos dos outros – Se os conselhos fossem bons vendiam-se, não se davam. A frase é válida para aquelas pessoas que são sempre influenciáveis por aquele amigo que até parece que percebe. O que funciona para uns não funciona para outros. Além disso, muitas vezes o tal amigo na realidade não percebe assim tanto e está só a “papaguear” o que ouvi de outro amigo. Não invista com base do que os outros lhe dizem, invista porque quer e faz sentido para si.
12) Não poupar à cabeça – Se esperar pelo final do mês para poupar, vai sobrar mês e não dinheiro. Mal receba os seus rendimentos retire um valor logo à cabeça. Crie esta disciplina com transferências automáticas. Quando chegar o final do mês mesmo se não sobrou dinheiro, pelo menos já poupou.
13) Não investir na sua própria literacia/educação financeira – Esta vem a último não é porque é a menos importante. Aliás, é a mais importante. Vem em último para ficar na memória. Para reter bem: invista na sua formação financeira. Leia livros, faça cursos, workshops, acompanhe blogs. Muitas pessoas são capazes de gastar dinheiro em concertos, roupa, gadgets mas nunca investem no seu próprio conhecimento. Investir na sua literacia financeira é importante para ter mais dinheiro para tudo, inclusivamente para ir a mais concertos, viagens ou até festas de Halloween! 🙂
Agora façam lá as contas: quantos destes erros cometem? Mais de 7? Então vamos ter de falar em breve! 🙂
Um Feliz Dia Mundial da Poupança!
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É assustador ainda haver quem viva de salario em salario, que se endivida so para viver acima do que pode ??
Optimo post Barbara!