E eis que chega o dia de mais uma greve de transportes públicos. Mais um dia em que a rotina tem de ser alterada e tem de procurar soluções e alternativas para chegar ao trabalho. Quase sempre estes dias são sinónimo de caos. Mas existem algumas formas de minimizar o impacto da greve para quem anda de transportes.
Veja as dicas para conseguir sobreviver a mais um dia de greve nos transportes.
1) Ter um bom chefe – Quem tiver a oportunidade de trabalhar a partir de casa este pode ser o dia perfeito para o fazer. Basta falar com o seu chefe e explicar-lhe que em vez de chegar duas horas atrasado e perder toda uma manhã de produtividade porque estão com os níveis de irritação em máximos históricos, pode começar a trabalhar à hora certa sem problemas (até dá para dormir mais um pouco). Ganha a empresa e o trabalhador, já que quando fechar o computador em casa já está livre, ou seja, poupa em tempo na ida e regresso do trabalho.
2) Planeie as alternativas – Quase sempre quando há uma greve de um determinado transporte público existem outros que oferecem alternativas. Por exemplo, quando há greve de metro, habitualmente há um reforço de autocarros. Por isso, antes mesmo de se aventurar procure na internet quais são os transportes alternativos e se lhe vão permitir chegar a onde pretende.
3) Fale com os seus amigos que têm carro – Para quem tem carro mas anda de transportes, este dia é sinónimo de tirar o carro da garagem e pôr-se na estrada. Para quem não tem a conversa é outra. Em todo o caso é possível, por vezes, combinar com amigos ou colegas de trabalho uma ida conjunta de carro. Fale com os seus amigos ou familiares com carro e veja quem lhe pode dar boleia. Ofereça-se para partilhar custos: portagens, combustível ou mesmo estacionamento. Além de ser uma oportunidade para estarem juntos e pôr a conversa em dia, o condutor consegue reduzir os custos. E quem sabe se não se dá aqui início a um momento “carsharing” (partilha de carro).
4) Dê ao pedal e leve a bicicleta – Bem sei que não dá propriamente para ir do Cacém a Lisboa de bibicleta. Quer dizer, dar até dá, é capaz é demorar um pouco (se alguém já fez, diga quanto tempo levou). Conheço algumas pessoas que até moram longe da cidade mas trazem a bibicleta nos transportes públicos e depois dentro de Lisboa só andam de bibicleta. Pois bem, num dia de greve dos transportes a tarefa fica mais difícil, por isso a solução pode ser ter de vir de mais longe. Para quem não mora muito distante do trabalho é uma oportunidade para retirar a bicicleta de casa. Assim aproveita e já não tem de ir ao ginásio ao final do dia.
5) Dê corda aos sapatos e ande a pé – Se o mais perto que acha que consegue chegar do trabalho ainda fica a uns quilómetros do trabalho, prepara-se para dar corda aos sapatos e andar a pé. Por vezes é a melhor, e mesmo a única, alternativa para garantir que chega ao trabalho e não fica preso no trânsito. Calce uns ténis e leve os sapatos com que costuma ir trabalhar numa mochila. Troque quando chegar ao local de trabalho. Assim garante que não descura no visual mas também não descarta o conforto que é preciso quando se tem de andar muito a pé.
6) Apanhe um táxi – Quando já poucas alternativas restam, tem um compromisso inadiável – e daqueles que não pode chegar atrasada, nem num dia de greve – o táxi pode mesmo ser a única salvação. Mas prepara-se porque vão existir, possivelmente, várias pessoas a gladiar-se por um. Já assisti a duas pessoas a entrarem num táxi ao mesmo tempo num dia de greve e tenho-vos a dizer que não foi bonito de se ver. Chamar táxis é quase impossível, o melhor mesmo é dirigir-se à praça de táxis mais próxima e pensar que hoje terá de gastar um pouco mais na deslocação e que depois compensa noutra despesa.
7) Comece a pensar em comprar uma mota – Confesso que quando estou parada no trânsito, numa fila de transportes e vejo a malta das motas toda ligeirinha a passar eu penso: “Pronto, tenho de ir tirar a carta de mota. É desta!”. Bem sei que para conduzir uma 125cc não preciso de carta mas se for acima disso lá tem de ser. Poupa-se no combustível (porque não se fica ali no parado), no estacionamento (não há cá parquímetros nem coisas do género), nas portagens (para quem tem via verde há descontos nas motas) e, acima de tudo, poupa-se tempo. Claro que depois da carta falta a mota mas até se encontram com preços simpáticos. Definitivamente que já estou a pensar nisso.
8) Aceite e Sorria – Se há coisa que aprendi nos últimos meses é aceitar – sobretudo aquilo que não podemos mudar e não depende de nós – e sorrir. Até porque a noa disposição é fundamental. Entre ficar mal ou bem disposta, gosto mais da segunda opção. Por isso, se há greve não vai poder alterar essa circunstância. Pode escolher passar o dia todo a refilar e mal disposto com o trânsito ou simplesmente ir fazendo tudo calmamente e aceitar que, neste dia, a correria vale de pouco. Quando chegar, chegou. E o que se pretende é chegar bem. O resto são histórias. Amanhã os transportes estão de volta à selva urbana e nós também (e com menos rugas e cabelos brancos porque nos chateamos menos).
Se tiverem mais dicas por aí, partilhem!
Obrigada.
Olá Anita,
Esperemos que os responsáveis pelas empresas se deixem de complexos.
Fico a torcer por si.
Boa Sorte.
Bjs
Bá
Sempre trabalhei como administrativa e secretária de direcção, sobretudo em empresas de importação e exportação, contactos com empresas estrangeiras (Itália, França, Espanha, etc.), organização de feiras nacionais e internacionais. Para mim este trabalho não tem segredos, claro que há sempre a adaptação a cada tipo de empresa, mas isso não é o complicado.
Nos últimos 8 anos trabalhei numa junta de freguesia no departamento de património e cultura, dado que a minha formação é em História. Infelizmente quando há cortes nos orçamentos este é sempre o primeiro departamento a cair.
Aproveito a deixa da Ba e se houver alguém que procure pessoa com experiência e não tenha problemas com a idade, estou cá para ir à luta.
Obrigada pela ajuda Ba.
Beijinhos
Anita,
Não tem de pedir desculpa de nada.
Compreendo a sua revolta.
Sempre disse isso. Que não compreendo a mentalidade das empresas. É que por vezes as pessoas estão dispostas mesmo a receber o valor que se paga no mercado a pessoas com menos experiência, mas nem chegam a dar hipótese. É que a empresa só tinha a ganhar ter, pelo menos valor, alguém com mais experiência. Não percebo.
Já agora, qual é a sua área? Nunca se sabe se há alguém que passe por aqui e necessite de uma pessoa na mesma área.
Um beijinho e boa sorte,
Bá
Mais uma vez, tem toda a razão. E eu sei bem o que isso é, há cerca de 20 anos senti a descriminação que me fizeram por ter sido mãe e ter um bébé e sobretudo agora que estou desempregada, perto dos 50, gostam do meu curriculum da experiência acumulada, mas a idade?! É assim, no nosso país os patrões ou os chefes não sabem aproveitar os conhecimentos e a experiência acumulada, a partir do 35/40 anos somos dispensáveis.
Gostava de saber como é que com esta mentalidade vamos conseguir trabalhar até atingir a idade da reforma que nos impuseram.
Desculpem o desabafo.
Pois, fui agora confirmar e sol está difícil. Outubro é que vai ser! (Já estou a ouvir isto desde Junho) 🙂
Mas com sol ou não, já dá para desanuviar.
Um bom fim de semana para si 🙂
sol acho que não, mas sim venha de lá esse fim de semana que me vai saber a ginjas 🙂
Alexandre,
Concordo consigo. E sempre que passa uma mulher numa mota fico a admirar e a pensar “um dia hei de ser eu”.
Já ando para tirar a carta há vários anos. Mas o tempo vai passando e nunca mais resolvo este assunto.
Depois comprar mota é que é mais difícil. É que eu tenho assim uma paixão secreta por uma mota assim de big trail (já deve estar a imaginar qual é 🙂 ). Em miúda chegava a dizer que um dia ía fazer o Paris-Dakar.
Agora enquanto escrevo já começa a despertar o bichinho. Vou ter mesmo de tratar deste assunto 🙂
Bjs
Bá
Anita,
Há em todo o lado esse tipo de postura. Costumo dizer que o que falta nas empresas (entre outras coisas) são líderes, e não chefes.
Gerir pessoas requer engenho e arte, e nem toda a gente tem esse “dom”. 🙂
Sim, sorrir.
Tanto estive que fui prejudicada por não consegui chegar a um trabalho que tinha de fazer às 19h por causa da greve.
Não consegui apanhar táxi e tive de requisitar um carro da empresa. Demorei 45 minutos do Diário de Notícias, na Avenida da Liberdade, ao Largo do Rato (apesar de não ser esse o destino). Tive de desistir e voltar para trás. Portanto demorei 1 hora a fazer cerca de 2km.
Depois de perder recentemente uma pessoa de família, acha que me preocupa um dia de trânsito caótico? É tudo uma questão de perspetiva.
Agora se me perguntar se consegui sorrir no meio daquela confusão depois de ter perdido um trabalho? Vá, não lhe chamaria sorrir. Mas consegui não gritar e nem desatar a buzinar, o que para mim já é uma vitória! 🙂
Venha daí o fim-de-semana e sol para alegrar os corações 🙂
Sorrir???
Não deve ter estado ontem na greve certamente
Conforme lia suas dicas interessantes lembrava que ja ninguem liga .as motas, ja nem os politicos consideram esse “grupo” em tempo de eleicoes como nos anos 90 da fartura de credito e fundos perdidos mas, eis que me surpreendeu com a dica motociclistica. Fiquei mesmo agradado, tive a primeira cinquentinha aos 13 e 30 anos passados sempre a andar levaram-me a ter “motas grandes” hoje, de todo terreno, de passeio ou trabalho (com a malinha atras), ou de pista (para mais vibracao). Adoro-as e .e como diz, passam pelo transito (mas bom mesmo e conduzir sem transito), tempo de deslocacao, estacionamento e .a scooters que gastam 3 litros aos 100… so .e mauzinho .a chuva mas ha impermeaveis e quando chove ainda ha mais transito e la vao elas ligeirinhas na mesma a “furar”. E havera visao mais sexy que uma mulher de mota? (e nao tem de estar descascada!) 1abraco.
Estou totalmente de acordo. Mas não deixa de ser difícil quando o patrão ou o chefe complicam, e deixam subentendido que o nosso posto fica em perigo se faltarmos ou nos atrasarmos, ou pior acham que nos aproveitamos da situação para faltar.