Quem já levou os filhos à escola de fato de treino (e não é professor de educação física nem vai para o ginásio), ou mesmo de pijama, ponha os braços no ar! \o/ (estou a ver uns sorrisos mas os braços para baixo. Vá confessem!) Pois é meus amigos, a grande maioria de nós já o fez.
Eu sei que é verdade que há dias que uma pessoa atrasa-se e os miúdos não ajudam e andam molengões. E para não chegarem quase à hora de almoço à escola, optamos por vestir qualquer coisa (lá está o fato de treino, ou mesmo uma camisola por cima do pijama) e vamos a voar pô-los à escola para depois regressar a casa e, finalmente, vestirmo-nos para ir trabalhar.
No entanto, eu queria falar-vos dos problemas de irmos vestidos com estas indumentárias alternativas (falo pela minha experiência). São essencialmente três:
1) Toda a gente vai reparar. Nós achamos que não importa, que um fato de treino ou uma camisola por cima está óptimo. Estamos só descontraídos, casual, e confortáveis (not!). O nosso cabelo está todo no ar não só porque não nos penteámos como começámos a manhã aos berros com a pequenada para se despacharem. Basicamente, estamos só com ar de alucinados.
2) Os óculos escuros não nos tornam invisíveis. Esqueçam: os óculos escuros minimizam (apenas porque não nos olham para os olhos) mas não resolvem. É como se tivessemos uma seta gigante a apontar para nós a dizer “Red alert: Acabou de sair da cama!!!). E sim, eu nestas ocasiões ponho os óculos escuros dentro de casa e só volto a tirar quando regresso. Mesmo que tenha de entrar na sala de aula não tiro os óculos.
3) Encontrar pessoas conhecidas. Esta é aquela parte mais espetacular de todas. Uma pessoa anda sempre toda catita, ou vá, apresentável. Pois é no dia em que vai assim de fato de treino com resto de comida da pequeno-almoço nas calças que nos cruzamos com pessoas conhecidas. E conhecidas entenda-se: pessoas que trabalham noutras empresas, até com cargos importantes, e com as quais tenho de lidar profissionalmente. Eu só fico a pensar: “Olha que sorte. Estou toda desgrenhada, com um fato treino cheio de papa e fui-me cruzar com o CEO da empresa que vou entrevistar amanhã. Ahhhh… que maravilha! Deve estar a pensar coisas óptimas”. Sinto que é quase como me conhecesse na intimidade. É aquele efeito de andamos de biquini a fazer túneis na areia, no verão, no Algarve (onde está 2/3 da população portuguesa), e subitamente ouvimos: “Olá Bárbara, está tudo bem?”. E quando olhamos, pimbas. Lá está. Uma pessoa com a qual nos relacionamos profissionalmente a ver-nos de biquini. Praticamente despidas, de rabo para o ar e cheia de areia. Um quadro lindo!
É por isso, meus amigos, que eu agora não vou mais nestas figuras. Tenho já umas 2 a 3 roupas preparadas para estas ocasiões que são rápidas de vestir e não comprometem. Os óculos mantenho e o cabelo procuro, pelo menos, pentear. No verão tudo isto é mais fácil. É só pôr um vestido, umas sandálias, e voilá! Aqui vamos nós em versão Boho Chic.
Portanto, separem já umas roupas S.O.S. Nunca se sabe se na próxima semana não teremos de recorrer à indumentária alternativa.
Fica a dica!
Eu acho que há aqui confusão: São os pais que vão de pijama, não os filhos.
Mas qual a relação entre a roupa e a educação? Há algum problema em andar de fato de treino?!
Também lhe digo há praí pessoas que andam todos os dias com umas roupinhas (homens e mulheres) que se andassem de fato de treino, ou mesmo pijama, andavam mais apresentáveis.
Desculpe lá, não quero mostrar que sou bom ou que a minha mulher era ainda melhor mas nunca levámos as nossas miúdas de pijama!? ou de fato de treino para o colégio. Raramente, devido aos bancos em diferentes hospitais (somos médicos aposentados), nos ocupávamos das filhas simultaneamente, um dia era eu que as vestia e lhes dava o pequeno almoço, outro dia a minha mulher, era uma correria, dava dó acordá-las bêbadas de sono, mas era a vida, foram excelentes alunas e agora são ainda melhores profissionais. Fomos uns pais… chatos mas elas agradecem, dizendo para quem as quer ouvir que fomos uns pais sempre presentes e têm retribuído de maneira espectacular .
Nunca o fiz, a não ser à noite, quando vou pôr o saco do lixo à porta de casa.
Eu ja levei a minha filha a escola de pijama
Eu ja levei a minha filha a escola de pijama
Passear o cão é de pantufas normalmente mas é num sítio pouco movimentado, agora também já fui com colegas que iam de pantufas para o continente, mas moram perto e vão ao continente como quem vai à dispensa 🙂
Muito bom! LOLOL
Para as aulas nunca fui. O que é preciso é atitude 🙂
No Inverno, é prato do dia eu meter calças de ganga por cima do pijama, meter um casaco e ir às aulas.
Até já calhou tirar o casaco, notar, meter outra vez o casaco e siga. Lol. Mas estudante universitário, ainda mais daqueles que não dão muita confiança, ou seja não devo nada a ninguém, não é problemático
Inês,
Às vezes também me apetecia ficar na ronha mas não dá 🙂
Caro Jorge,
Falar de algo fútil não nos torna numa pessoa fútil. Acusar uma pessoa de ser algo sem a conhecer é, no mínimo, redutor. Sabe, o sentido de humor é sinal de inteligência, além de nos tornar em pessoas de melhor com a vida.
Convido-o a passar um dia comigo também na ala pediátrica do IPO e depois seguimos a acompanhar as famílias dessas crianças. Não sei se terá estômago para essas “futilidades”. É que sabe, nem sempre é fácil dar alento a quem está a passar dificuldades porque tem um filho com um cancro. Mas pronto, deixe-me lá com o meu pijama e fato de treino, e então vá fazer coisas muito úteis. Não tenho dúvidas que é uma pessoa de grandes feitos.
Aproveito ainda para lhe deixar uma dica (se me permite): não critique tanto o próximo, ame mais e seja mais tolerante. Vai ver que se irá sentir melhor.
Um bom ano para si!
Vê-se mesmo que és uma pessoa fútil, e não tens mais nada que fazer..
Eu como deixo a minha filha na creche a caminho do trabalho, não tenho este problema. Vou (tenho de ir) já vestida, penteada, maquilhada. Mas há um dia da semana em que estou de folga e aí como faço? Vai o marido e eu fico na ronha 😀