Ontem foi uma noite muito animada. Além do pequeno que voltou a não dormir por causa dos dentes, fui “atacada” por uma dor antiga no meu joelho de estimação.
Para quem não sabe fui federada em hóquei em patins (sim, sim, o desporto do “stick”. Sim, “stick”. Não me chamem taco que fico nervosa, ok?), um desporto nada amigável para os joelhos. E deu-me daquelas dores mesmo fortes a ponto de não conseguir adormecer. Às voltas na cama (mas sem me mexer muito porque o pequeno lá ia dormitando ao meu lado) comecei a percorrer mentalmente o armário da farmácia cá de casa… e falha grave: nada de cremes milagrosos para me tirar as dores. E no campo dos compridos não tinha na suficientemente forte.
Quando deixei de jogar há uns anos fi-lo, além de outros motivos, porque o meu sogro (na altura não era ainda) que é ortopedista me disse após a minha última lesão (que meteu rotulas fora do sítio, ligamentos já nas últimas e afins): “Mais uma desta e não te safas da faca do joelho e do pé”. Ora bem, naquela altura pensei: “Bom, se calhar é melhor deixar-me disto”.
Eu ainda joguei até bastante tarde. Já era jornalista e jogava. Por um lado sabia-me bem sair da redacção e ir descomprir num treino, por outro era chato quando tinha de cancelar entrevistas porque levado com uma bola no olho e ficava com o olho num degradé de roxo, lilás, amarelo, verde e tantas outras cores engraçadas. Já me bastava os colegas a dizerem “não me digas que ‘caíste’ enquanto olhavam para o meu homem…”
A verdade é que ontem, enquanto me torcia de dores em silêncio, lembrei-me da última viagem que diz a Nova Iorque com um generosos 10 graus negativos. Num dos dias achei que boa ideia subir 200 tal degraus da Estátua da Liberdade. Ao final de 50 degraus o joelho pifou. É que o meu “amigo de estimação” não gosta muito de esforços nem de frio. Juntar os dois é um cocktail bombástico. Nas horas seguintes foi um tormento. O meu marido apercebeu-se que estava com umas dores valentes quando ía quase 1 km à minha frente e eu a coxear sem dizer nada ia tentando abstrair-me da dor.
Ao final de uma hora desisti. Entrei num Duane Read, o mesmo é dizer, a parafarmácia lá do sítio e fiz o impensável… desesperada com dores fui para a zona de cremes musculares e fui abrindo todos os boiões que existiam. E porquê? Nos últimos meses antes da viagem tinha passado algumas horas a tratar da lesão, ou seja, no massagista do clube. Ele era massagens, as famosas lâmpadas vermelhas para o calor e um gel espectacular que me permitia ir conseguindo treinar e jogar. E, no meio de uma parafarmácia nova iorquina eu pensei…”bom, eu não conheço nada disto mas eu conheço o cheiro dos príncipios activos. Com tanta oferta alguma coisa encontro”. Assim foram uns 5 ou 10 minutos a cheirar tudo, com várias pessoas a olharem para mim como se fosse maluquinha. E não sei quantos cremes, gel e bálsamos…o “cheiro” veio do bálsamo tigre. Campainhas tocaram na cabeça e os meus olhinhos brilharam. Fomos então pagar. Já não me lembro bem o que o meu marido pediu que a senhora virou-se e perguntou “têm mais de 21 anos” (escusado será dizer que tínhamos praí uns 25 anos, já nem sei bem)? Eu olhei para a mulher com um ar meio lunática e respondi “sim, temos”. O meu aspecto devia ser mesmo de doida que ela nem pediu o BI para confirmar.
Lá pagámos e fomos para o hotel. Bresuntei-me do lindo balsamo do Sr. Tigre, comecei a sentir o quentinho no joelho e lá adormeci. Nessa tarde o marido foi conhecer umas lojas espectaculares de fotografia que nunca tive oportunidade de ver. Mas valeu aquele pedaço. Foi o que me aguentou nos dias seguintes. Não sei se a malta do hóquei se lembra do nome do gel que usavam nas massagens, mas em Nova Iorque foi o Tigre que me safou. E ontem à noite, tanto me lembrei do Tigre. O que vale é que o cansaço venceu-me e acordei sem dores.
Mas para quem tem assim dores de vez enquando, vale a pena experimentar.
Fica a dica.
Olá Carina,
Tenho mesmo de ir tratar de comprar o bálsamo Tigre.
Obrigada.
Bjs
Bá 🙂
ola,
Por cá tb existe o balsamo de Tigre=)
bem jeito faz=)
as melhoras