Faz hoje exatamente 1 mês que mudei a minha alimentação. Faz hoje exatamente 1 mês que decidi iniciar um novo regime alimentar. Digo-o assim porque não vejo como uma dieta. Ou pelo menos na óptica de perda de peso. É uma dieta/regime alimentar para tentar comer de forma mais saudável.
Quem acabou por me influenciar foi o meu marido. Ele comprou o livro “A Dieta do Paleolítico“, de Loren Cordain, professor de Ciências da Saúde e Exercício na Colorado State University, e que estuda esta dieta há mais de duas décadas.
Depois de ler começámos a falar sobre como era importante mudarmos a alimentação, abolindo tudo o que eram açúcares e comidas processadas. Não quis esperar mais e a 22 de Março lancei-me nesta aventura.
Mas afinal o que é a dieta do paleolítico?
A ideia é comermos como os nossos antepassados. Há mais de 10 mil anos não existia agricultura e, por isso, o Homem estava dependente do que a terra oferecia. Era o chamado período Paleolítico. No fundo, caçava-se, comia-se sementes e frutos. Por essa razão, tudo o que eram açúcares, lacticínios, cereais, leguminosas, etc, estavam fora da alimentação. Assim, de uma forma resumida é isto.
O autor do livro, Loren Cordain, reviu mais de uma centena de artigos científicos sobre a alimentação no paleolítico. E depois de analisar os dados de 229 sociedades recoletoras, verificou, por exemplo, que 55% das calorias ingeridas diariamente provinham de proteína animal. A base da dieta assenta em proteína, fibra, potássio, vitaminas, minerais antioxidantes e fitoquímicos vegetais.
A esses, junta-se uma baixa ingestão de hidratos de carbono e sódio, uma ingestão moderada de gordura mono e polinsaturada, o equilíbrio no consumo de ómegas 3 e 6 e da relação acidez/alcalinidade do organismo, que permitem “minimizar o risco de doenças crónicas e a perder peso”, segundo o especialista.
As nossas enzimas digestivas não são muito diferentes dos nossos antepassados, há 10 mil anos. E o que dizem é que, para o organismo ser capaz de integrar os constituintes de um novo alimento pode demorar entre 5 a 10 mil anos até serem criadas as enzimas para dar resposta.
Ora, escusado será dizer que nos últimos 100 anos houve uma alteração drástica na alimentação. Corantes, conservantes, aditivos alimentares, alimentos geneticamente modificados, etc, etc.
Aliás, uma semana depois de ter iniciado o meu novo regime deu uma reportagem na SIC – Somos o que comemos – que só me deu mais força ainda para continuar. Quem não viu a reportagem recomendo que veja.
Resolvi esperar 1 mês para partilhar convosco a minha decisão porque não queria ter pressão. Queria manter-me focada. Agora, passado 1 mês digo-vos que já senti grandes diferenças. Mas os primeiros 2 a 3 dias foram complicados. Senti mesmo que estava a ressacar de açúcar. Agora nem sinto muito a falta. Mas claro que já tive os meus dias de asneiras. Está “previsto” na dieta do livro. Mas mesmo que não tivesse, se me apetecesse (sem ser voltar ao que era) fazia. Não gosto de fundamentalismos e acho que há espaço para tudo.
Hoje em dia, a minha digestão é muito mais fácil e a balança diz que perdi 4,1 kg. Mas mais do que o número, além de ter perdido volume, sei que me sinto melhor. Outra coisa engraçada é que descobri algumas receitas novas. Por exemplo, um dos meus pequenos-almoços preferidos – já publiquei no Instagram – são panquecas sem farinha, cereais ou gordura.
Agora que já vos revelei o que ando a fazer da minha alimentação, prometo dar-vos feedback como está a correr. Ahhh, muito importante. Achava que esta era uma dieta cara. Pois bem, é mentira. Atualmente estou até a gastar menos em supermercado.
Se alguém estiver a seguir um regime semelhante e quiser deixar alguma dica, partilhe!
Estou a tentar iniciar-me na dieta paleo mas apesar do que tenho lido sinto-me um pouco no escuro, será que me podia indicar lista do que não devemos comer e algumas receitas? Obrigada
Olá Papoila,
Não conhecia.
Obrigada pela dica 🙂
Bjs
Não sei se conhece, mas por aqui tem muitas receitas e dicas paleo:
http://www.semaditivos.com/
Bjs